Em Brasília, a governadora Yeda Crusius firmou, nesta terça-feira (25), um importante acordo que reforça a parceria do Estado com o Banco Mundial: a doação de US$ 5 milhões do Fundo Global para o Meio Ambiente ao projeto de preservação da biodiversidade gaúcha, o RS Biodiversidade. "Este é um contrato inovador que possibilitará um modelo de sustentabilidade para o futuro", disse Yeda, ao firmar o contrato com o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Makhtar Diop. O projeto busca conservar o Bioma Pampa e terá contrapartidas de US$ 6,1 milhões por parte do Governo.
De acordo com a governadora, o Estado atuará em 33 municípios e em 900 propriedades rurais, que abrangem quatro microrregiões do pampa. "São cidades de uma área deprimida. Esta parceria ajudará na produção sustentável", frisou. Yeda destacou ainda que o Banco Mundial já trabalhou com todos os biomas brasileiros. "Agora é a vez do pampa", completou. Sobre a relação com a organização financeira, afirmou: "O Banco é um agente que nos permite inovar. A confiança se reforça pelo objetivo em comum". O projeto terá duração de cinco anos.
Para Diop, a medida irá preservar espécies ameaçadas, além de ajudar os próprios produtores rurais. "Poderemos exportar essa experiência para o outro lado da fronteira do Rio Grande do Sul", comunicou, durante a reunião com Yeda Crusius. "As lições aprendidas das comunidades, de como integrar a produção com a conservação em um ambiente sensível, podem se reverter em grandes retornos para a preservação da biodiversidade", completou. Com o projeto, o Governo irá promover o desenvolvimento regional por meio da recuperação da fauna e da flora do pampa.
Pela proposta, a biodiversidade será compatibilizada com as atividades de agricultura, silvicultura e pecuária. Essas ações acontecerão em 16 unidades demonstrativas de manejo sustentável. Após a primeira reunião com o grupo de trabalho responsável, no dia 15 de junho, parte do dinheiro será liberada. Assim que for gastando e comprovando as despesas, os gestores do projeto terão acesso ao total do financiamento a fundo perdido. A parcela estadual servirá para, entre outras atividades, o pagamento da estrutura necessária ao programa. Parte dos recursos será repassada aos produtores para a implementação das ações nas unidades rurais.
Texto de Guilherme Flach
Foto: Antonio Paz / Palácio Piratini
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